Mas afinal porque mosquitos sugam o sangue?

Somente a fêmea do mosquito suga o sangue das pessoas. O macho alimenta-se exclusivamente de seiva e néctar, ao contrário da fêmea, que após copular, necessita de sangue para gerar os seus ovos.

Isso quer dizer que muitas vezes matamos o mosquito inocente, aquele macho que estava na parede somente esperando a fêmea para copular.

Mosquitos

Existem cerca de 3.500 espécies diferentes de mosquitos em todo o mundo. Espécies diferentes podem ter modos de vida completamente distintos. Enquanto certas espécies se mantém em densidades relativamente baixas, outras podem aparecer em um número enorme de indivíduos, por exemplo, após inundações. Existem também diferenças no que diz respeito à dieta: há espécies de mosquitos que se especializaram em hospedeiros específicos, enquanto outros picam qualquer coisa que encontrem, mais ou menos indiscriminadamente. Estas diferentes formas de comportamento podem ter uma influência importante no papel que os mosquitos desempenham como transmissores de doenças. O ciclo biológico de todos os mosquitos inclui as seguintes fases de desenvolvimento: ovo, quatro estágios larvais, pupa e adulto.

Qual a importancia dos mosquitos?

  Assim como todos os seres vivos, esses insetos fazem parte do equilíbrio do ecossistema. Em ambientes aquáticos, diversos animais se alimentam de mosquitos em seus estágios imaturos de vida – as larvas e pupas. Logo, sem os mosquitos, haveria menos alimento para os peixes e outros animais, desequilibrando a teia alimentar. As larvas, por sua vez, alimentam-se principalmente do microplâncton constituído de partículas de matéria orgânica presente nas águas, atuando como filtradoras. Algumas podem ainda exercer o papel de predadoras, alimentando-se de organismos vivos, incluindo larvas de outras espécies. A sua ausência poderia levar a água a se tornar mais suja, além de ocasionar um descontrole no tamanho da população das presas, impactando diretamente o ecossistema daquele habitat.

  Na tundra, um bioma muito frio e seco localizado no hemisfério norte, muitos animais necessitam dos mosquitos como uma importante fonte de alimento durante determinada época do ano, então o seu desaparecimento causaria um forte impacto na cadeia alimentar do local.

  Quando adultos, os mosquitos se alimentam de néctar e seiva das plantas, que fornecem energia para sua sobrevivência. Apenas para que seja possível produzir ovos, as fêmeas – em algumas espécies – necessitam de proteínas, que são obtidas do sangue de outros animais, como os humanos. Ao pousar nas flores para obter o alimento, os mosquitos acabam carregando pólen em seu corpo, desempenhando um importante papel de polinizadores em diversas plantas. Entre as plantas polinizadas por eles, está o cacau – matéria prima do tão adorado chocolate. Durante os períodos em que as flores do cacaueiro estão mais receptivas à polinização, suas glândulas especializadas liberam óleos atrativos para os mosquitos dos gêneros Dasyhelea e Forcipomyia (família Ceratopogonidae), seus principais polinizadores. Outras frutas comuns do cotidiano também têm suas flores visitadas por esses animais, inclusive pelo Aedes, o qual já foi observado pousando em cerejeiras e ameixeiras. Algumas plantas ornamentais são também exemplos de flores que dependem de mosquitos para sua fertilização, como as orquídeas Epidendrum, que são polinizadas por mosquitos da subfamília Limoniidae (família Tipulidae). Assim, sem esses insetos, é possível que houvesse uma redução em algumas variedades de plantas do nosso dia a dia.

  É preciso ressaltar que os verdadeiros causadores das doenças transmitidas pelos mosquitos são os microrganismos que eles carregam, ou seja, os mosquitos são apenas transportadores da doença, e não os responsáveis em si – além de que nem todos os mosquitos picam outros animais. Um mundo sem eles poderia parecer mais seguro para os seres humanos, mas devemos lembrar que cada organismo constitui uma peça de um sistema do qual também fazemos parte.